É também certo que a constituição prevê algumas restrições aos militares:
Artigo 275.º
(Forças Armadas)
4. As Forças Armadas estão ao serviço do povo português, são rigorosamente apartidárias e os seus elementos não podem aproveitar-se da sua arma, do seu posto ou da sua função para qualquer intervenção política.
Parece-me que é um abuso inferir daqui que os militares não se podem manifestar.
Também é verdade, que (ao contrário do que eu acho) na Constituição Anotada, em relação a este artigo, é defendido que o princípio do apartidarismo [...] pode justificar a restrição de alguns direitos (associação partidária, manifestação, reunião, expressão e capacidade eleitoral passiva) aos militares e agentes militarizados. No entanto, entre Vital Moreira blogger e Vital Moreira professor falta explicar porque é que é o governo civil a não autorizar (não deviam ser as chefias militares? o que é que o governo civil tem a ver com isto?). E porque é há uma preocupação muito grande em pedir castigos aos militares e muito pouca (ou nenhuma) a explicar (como blogger e professor) que as manifestações não carecem de autorização.
Resumindo: acho toda esta argumentação uma grande treta. O que me parece é que, uma vez mais, o governo lida muito mal com a contestação. Hoje foram os militares. No passado foram as greves dos professores aos exames e um grupo de cidadãos a manifestar-se contra a transformação da sede da PIDE em condomínio privado (só para dar alguns exemplos). Mais uma vez pergunto: é esta a sociedade que queremos? Eu não!
quinta-feira, novembro 23, 2006
Manifestações militares (4): o professor Vital Moreira
O direito de reunião (e o de manifestação) comporta as seguintes componentes: (a) liberdade de reunião (e de manifestação), ou seja, direito de reunir-se com outrem (ou de manifestar-se), sem impedimento, e, desde logo, sem necessidade de autorização prévia.
(J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, Constituição da República Portuguesa Anotada, 3ª edição revista, 1993, Coimbra Editora, p. 255)
(J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, Constituição da República Portuguesa Anotada, 3ª edição revista, 1993, Coimbra Editora, p. 255)
Manifestações militares (2): a constituição
Artigo 45.º
(Direito de reunião e de manifestação)
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.
(Constituição da República Portuguesa)
(Direito de reunião e de manifestação)
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.
(Constituição da República Portuguesa)
Manifestações militares (1): o governo
Dois oficiais da Marinha, que não quiseram ser identificados, disseram não temer os processos disciplinares que o Governo e as chefias militares ameaçaram aplicar aos participantes na iniciativa, que classificam de manifestação ilegal.
O ministro da Presidência apelou hoje "ao bom senso" dos militares que pretendem fazer hoje "uma manifestação ilegal" na Baixa de Lisboa e frisou que o protesto terá "as consequências previstas na lei".
O Governo Civil de Lisboa proibiu a realização de uma reunião de solidariedade com militares sujeitos a processos disciplinares, convocada por várias associações de militares.
O ministro da Presidência apelou hoje "ao bom senso" dos militares que pretendem fazer hoje "uma manifestação ilegal" na Baixa de Lisboa e frisou que o protesto terá "as consequências previstas na lei".
O Governo Civil de Lisboa proibiu a realização de uma reunião de solidariedade com militares sujeitos a processos disciplinares, convocada por várias associações de militares.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Aberrações
A small step in bash (but a big step for me)
Desde que comecei a utilizar a GRID para a simulação de acontecimentos em ATLAS, tenho tido que aprender um pouco mais de linguagem bash. Por exemplo, para ver quantos processos tenho neste momento a correr, basta-me o seguinte intuitivo comando:
for name in jobIDfile_*;do number=`echo a | edg-job-status -i $name | grep -c Running`; echo $name: $number job\(s\) running; done
Com isto obtenho:
jobIDfile_reco_DC3.005510.toprex_tt_bWqgamma: 61 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005511.toprex_tt_bWqZlep: 20 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005512.toprex_tt_bWqg: 15 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005513.toprex_tt_bWqZhad: 10 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005514.toprex_st_qgamma: 32 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005515.toprex_st_qZ: 47 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005510.toprex_tt_bWqgamma: 58 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005511.toprex_tt_bWqZlep: 7 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005512.toprex_tt_bWqg: 28 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005513.toprex_tt_bWqZhad: 7 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005514.toprex_st_qgamma: 12 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005515.toprex_st_qZ: 35 job(s) running
Interessante, não é? E pensar que me pagam para isto: é certo que não pagam muito, mas também para fazer isto...
for name in jobIDfile_*;do number=`echo a | edg-job-status -i $name | grep -c Running`; echo $name: $number job\(s\) running; done
Com isto obtenho:
jobIDfile_reco_DC3.005510.toprex_tt_bWqgamma: 61 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005511.toprex_tt_bWqZlep: 20 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005512.toprex_tt_bWqg: 15 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005513.toprex_tt_bWqZhad: 10 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005514.toprex_st_qgamma: 32 job(s) running
jobIDfile_reco_DC3.005515.toprex_st_qZ: 47 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005510.toprex_tt_bWqgamma: 58 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005511.toprex_tt_bWqZlep: 7 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005512.toprex_tt_bWqg: 28 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005513.toprex_tt_bWqZhad: 7 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005514.toprex_st_qgamma: 12 job(s) running
jobIDfile_simul_DC3.005515.toprex_st_qZ: 35 job(s) running
Interessante, não é? E pensar que me pagam para isto: é certo que não pagam muito, mas também para fazer isto...
sexta-feira, novembro 17, 2006
Estudantes: fechem o governo a cadeado, por favor
Parece que a direcção regional de educação (assim mesmo, com minúsculas) de Lisboa quer que os alunos que fechem escolas a cadeado sejam identificados e punidos. Ao diabo com o politicamente correcto: se isto fosse feito em ditadura chamava-se repressão; assim é uma medida justa para assegurar o cumprimentos das regras de um estado democrático. Eu acho que é inaceitável. Não é esta a sociedade em que eu quero viver. E já agora, o que pensam sobre os piquetes de greve? E as manifestações que provocam o corte de ruas e estradas? Também são para acabar? Vamos proibir as greves que causam incómodo? Provavelmente vontade para isso não falta...
terça-feira, novembro 07, 2006
Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos
A Revolução Russa foi há 89 anos. Parece muito tempo, mas à escala de tempo da humanidade foi ontem.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Mergulhos e outras músicas
(imagem encontrada aqui)
Este foi um fim de semana preenchido. Acabei o segundo curso de mergulho (CMAS P2), fiz cinco mergulhos entre os quais conheci mais um destroço na Berlenga (o Sapho que, de facto, é nas Estelas) e, de caminho, ainda fui ver o concerto do Chico. Para dois dias não está nada mal.
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