Fui a Faro votar. Que é como quem diz, fui a Faro tentar votar. Graças ao simplex e ao agora-é-tudo-automático-o-cidadão-já-não tem-de-fazer-nada-porque-o-estado-é-amigo-e-trata-de-tudo eu ainda não faço parte das listas eleitorais da freguesia para onde mudei a minha morada. Bem sei que a culpa é minha. Ou melhor: não sei (eu até fui a Coimbra tratar da mudança de morada antes dos 60 dias que a lei exige), mas tenho a certeza que tão automaticamente quanto me mudou a morada o estado me há-de explicar que a culpa é minha. Seja como for, a vida é assim: fiz mil quilómetros para me ir abster... Ao conhecer o resultado das eleições constatei que, pela primeira vez, o meu voto (ou a falta dele) foi a opção largamente maioritária. Mais um pouco e teriamos uma maioria de 2/3.
O PS perdeu, o que foi merecido quer pelo partido, quer pelo cabeça de lista a estas eleições. O PSD ganhou, o que não deixa de ser algo surpreendente considerando a gente que por lá anda. O CDS teve um mau resultado - o que muito me alegra - embora não tenha sido o desastre que se esperava (e que eu ardentemente desejava). O BE e a CDU tiveram bons resultados (o BE melhor que a CDU, quer em termos absolutos, quer em termos relativos). Embora ande bastante afastado destes dois últimos, fico contente por, entre eles, terem ultrapassado os 20% dos votos. Este resultado faz com que até não tenha desgostado dos resultados em Portugal.
Na europa, pelo contrário, os resultados foram mauzinhos. A direita assumida subiu e a extrema direita volta a ser preocupante. Parece haver uma tendência: os governos de direita tiveram bons resultados e os socialistas foram derrotados. Talvez tenha algo a ver com o facto de os governos de direita não frustarem os seus eleitores, governado à direita, opção que os socialistas também parecem seguir. Não me parece assim tão estranho que o eleitorado de esquerda não fique feliz...
segunda-feira, junho 08, 2009
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