Este ano já lá não devo voltar.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
Embora tarde, aqui fica a minha homenagem a um jornalista digno com uma situação professional indigna
Não sei se é costume dedicar-se este prémio a alguém. mas vou dedicá-lo. A todos os jornalistas precários.
Passado um ano da publicação destas reportagens, após quase três anos de trabalho como jornalista, continuo a não ter qualquer contrato.
Não tenho rendimento fixo, nem direito a férias, nem protecção na doença, nem quaisquer direitos caso venha a ter filhos.
Se a minha situação fosse uma excepção, não seria grave. Mas como é generalizada – no jornalismo e em quase todas as áreas profissionais – o que está em causa é a democracia. E no caso específico do jornalismo está em risco a liberdade de imprensa.
(mais informações aqui)
quinta-feira, outubro 25, 2007
Tratado Reformador da UE (3)
Oponho-me a uma organização política em que o Conselho tem poderes de governo federal mas não responde de forma efectiva perante um parlamento federal (o Parlamento Europeu tem poderes muito limitados).
Tratado Reformador da UE (2)
Até os seus mais aguerridos defensores o consideram ilegível.
Tratado Reformador da UE (1)
(Preâmbulo)
INSPIRANDO-SE no património cultural, religioso e humanista da
Europa, de que emanaram os valores universais que são os direitos
invioláveis e inalienáveis da pessoa humana, bem como a liberdade, a
democracia, a igualdade e o Estado de Direito, [...]
DECIDIRAM instituir uma União Europeia [...]
Desconfio sempre de organizações políticas que se inspiram na religião...
domingo, outubro 21, 2007
terça-feira, outubro 09, 2007
República
Embora com uns dias de atraso, aqui fica a minha homenagem à implantação da 1ª República em Portugal. Faço-o para me demarcar de quem acha que não há porque comemorar este dia. Em particular irrita-me que se fale do regicídio em tom acusatório. Por mim, estou grato à Carbonária e aos homens que se sacrificaram para levar a cabo o atentado contra a família real. Vale o que vale, mas eu até votei no Buíça para os grandes portugueses. Claro está que não ganhou. Mas tenho pena.
quarta-feira, setembro 19, 2007
quinta-feira, setembro 13, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
segunda-feira, setembro 10, 2007
sexta-feira, agosto 31, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
Bolseiros de todos os países, manifestem-se!
terça-feira, julho 17, 2007
terça-feira, julho 10, 2007
domingo, julho 08, 2007
Lei da Acção-Reacção
Se te dão emprego sem direitos, não lhes dês competência.
(Graffiti numa agência de recrutamento de trabalho temporário no Chiado)
quinta-feira, junho 21, 2007
domingo, junho 17, 2007
Gótico, Na Capital Dele
(a afirmação deve ser verdadeira, está escrita na autoestrada)
Mais brincadeiras com HDR. Já deve faltar pouco para eu me fartar...
quinta-feira, junho 14, 2007
Nuvens Negras Pairando
Lente nova (Sigma 12-24mm), software novo (Qtpfsgui para brincar com HDR). Tinha que vir parar ao blog...
sábado, junho 02, 2007
sexta-feira, junho 01, 2007
sábado, maio 12, 2007
sexta-feira, maio 11, 2007
Granada
Granada, calle de Elvira,
donde viven las manolas,
las que se van a la Alhambra,
las tres y las cuatro solas.
Una vestida de verde,
otra de malva, y la otra,
un corselete escocés
con cintas hasta la cola.
Las que van delante, garzas
la que va detrás, paloma,
abren por las alamedas
muselinas misteriosas.
¡Ay, qué oscura está la Alhambra!
¿Adónde irán las manolas
mientras sufren en la umbría
el surtidor y la rosa?
¿Qué galanes las esperan?
¿Bajo qué mirto reposan?
¿Qué manos roban perfumes
a sus dos flores redondas?
Nadie va con ellas, nadie;
dos garzas y una paloma.
Pero en el mundo hay galanes
que se tapan con las hojas.
La catedral ha dejado
bronces que la brisa toma;
El Genil duerme a sus bueyes
y el Dauro a sus mariposas.
La noche viene cargada
con sus colinas de sombra;
una enseña los zapatos
entre volantes de blonda;
la mayor abre sus ojos
y la menor los entorna.
¿Quién serán aquellas tres
de alto pecho y larga cola?
¿Por qué agitan los pañuelos?
¿Adónde irán a estas horas?
Granada, calle de Elvira,
donde viven las manolas,
las que se van a la Alhambra,
las tres y las cuatro solas.
Federico García Lorca
quarta-feira, maio 09, 2007
terça-feira, maio 08, 2007
Granada, aqui vou eu!
Aqui vou eu para a Costa/ aqui vou eu cheio de pica/ de Lisboa vou fugir/ vou p’ró Sol da Caparica. Bem, não é para a Costa da Caparica, mas deve haver sol. Vamos lá então!
sexta-feira, maio 04, 2007
sábado, abril 28, 2007
sexta-feira, abril 27, 2007
(ainda) o 25 de Abril no Chiado
http://spectrum.weblog.com.pt/arquivo/2007/04/na_rua_do_carmo_1.html
E uma vez mais afirmo: por enquanto a nossa constituição dá-nos o direito (conquistado em Abril de 1974) de livre manifestação:
Artigo 45.º (Direito de reunião e de manifestação)
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.
São portanto tão intoleráveis como a repressão à bastonada, as declarações da polícia:
«indivíduos ligados a vários movimentos extremistas identificados com simbologia anarco-libertária» tentaram iniciar «uma manifestação não autorizada, nem comunicada ao Governo Civil e, como tal, ilegal», o que levou à intervenção policial.
quinta-feira, abril 26, 2007
Assim foi o 25 de Abril no Chiado
(segundo me faz saber o Jorge Soares da Associação República e Laicidade)
33 anos depois assim vai a Liberdade. Com os jornais e as gentes bem-pensantes a falar de manifestações não autorizadas. A polícia fala de extremistas de esquerda com uma precisão classificativa notável ("extremistas com simbologia anarcolibertária"). Liberdade e diálogo é para alguns. Os cartazes racistas, por exemplo, são protegidos em nome da liberdade de expressão, da lei e da ordem. Para os outros temos pauzinhos de amolgar ideologias. Ou seja, assim se vê uma vez mais para que serve a polícia. E já agora, quando é que foi a última vez que ouviram falar de uma carga policial durante uma manifestação de extrema direita?
É triste. E mais triste ainda é (quase) ninguém se indignar. Eu, por mim, só lamento não ter estado ontem no Chiado. Embora não tenha tido nada a ver com aquela manifestação e nem saiba se me revejo ou não naquela luta (em rigor não sei lá muito bem de que se tratava), sei - isso sim - que também fui agredido pelas bastonadas que os polícias por lá espalharam.
quarta-feira, abril 25, 2007
terça-feira, abril 24, 2007
Poesia em Abril
levanto a minha voz
para pregar o ódio.
Um ódio total e violento
a todos os narcóticos
que adormecem a realidade
com neblinas de música.
Ódio às lágrimas mal choradas diante dos poentes,
à alegria das crianças mortas que teimam em rir nos olhos dos velhos,
às noites de insónia por causa de uma mulher,
às flores que iluminam os mortos de alma,
ao álcool da arte-pura-para-esquecer,
aos versos por dentro das palavras,
aos versos com túneis acesos por dentro das palavras,
aos pássaros a cantarem os perfumes das árvores secas,
às valsas com voos de tule
- e até ao sol
que diminui o mundo
em indiferença de continuar.
Ódio ao mar a modelar deuses
nos nossos corpos feios de tanto se julgarem belos.
Ódio à primavera
- essa mulher voadora
que entra pelas janelas
com asas azuis
para que a nossa dor
pareça preguiça de existir.
Ódio às serenatas que o luar faz do céu à terra,
às pétalas nos cabelos dos fantasmas ao vento,
às mãos-dadas nas sendas brancas dos idílios,
à pele de frio doce dos amantes,
aos colos das mães a embalarem futuro,
às crianças com céus do tamanho dos olhos,
às cartas de paixão a prometerem suicídios (para beijos mais fundos),
às insinuações de paraíso nas vozes de pedir esmola,
às escadas de corda nos olhos das noivas das trapeiras,
às danças a perfumarem de sexo a derrota,
às ninfas disfarçadas em canteiros de jardins,
e aos recantos foscos
onde escondemos a Verdade
em galerias de evasão
- só para que os nossos olhos continuem límpidos
a ignorarem todos os negrumes
com escadas até ao centro da terra.
Ódio ao disfarce, às máscaras, ao «falemos noutra coisa»,
aos desvios, às fontes dos claustros, ao «vamos logo ao cinema»,
aos problemas de xadrez, aos dramas de ciúme, às infantas do fogo das lareiras,
e aos que não têm a coragem
de estacar, pálidos,
com unhas na carne
a olhar de frente,
sem arrancar os olhos,
os caminhos dos mortos sagrados
até aos horizontes onde os homens se ofuscam das manhãs virgens.
Ódio a todas as fugas, a todos os véus,
a todas as aceitações, a todas as morfinas,
a todas as mãos ocas das prostitutas,
a todas as mulheres nuas em coxins de afagos,
para nos obrigarem a esquecer...
Mas eu não quero esquecer, ouviram?
Não quero esquecer!
Quero lembrar-me sempre, sempre e sempre
deste minuto de abismo,
para transmiti-lo de alma em alma,
de treva em treva,
de corvo em corvo,
de escarpa em escarpa,
de esqueleto em esqueleto,
de forca em forca,
até ao Ranger do Grande Dia
para a Salvação do Mundo
sem anjos
nem demónios
- mas só homens e Terra.
José Gomes Ferreira
segunda-feira, abril 09, 2007
Cogumelos Aporcalhados
domingo, abril 08, 2007
De Volta à Berlenga
Foi um óptimo fim de semana. Mesmo com algum frio e com uma visibilidade menor que o normal nestas paragens, os mergulhos foram muito bons. Para além dos habituais Vapor do Trigo e Primavera ainda fomos à Tromba do Elefante e à Baixa do Broeiro. Mais fotos aqui.
sexta-feira, março 30, 2007
sexta-feira, março 02, 2007
A esquerda de Socrates foi-se, ficou a modernidade balofa
(foto de publico.pt)
Voltámos a ter mais de 100000 na rua. Quando será que passamos da defensiva à ofensiva?
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
domingo, fevereiro 11, 2007
Finalmente
Acredito que demos um pequeno passo na direcção certa. Acredito que nos afastámos um bocadinho mais do obscurantismo. Mas também acredito que isto foi só o começo. O pessoal de sempre, aqueles que estavam nos anos oitenta contra a lei actual (que está quase a deixar de o ser!) e que eram agora os seus maiores defensores, não vão cruzar os braços. Vão tentar por todos os meios que a mulher que decida recorrer ao aborto continue, na prática, a encontrar as mesmas dificuldades. Financeiras, desde logo. Porque, o aborto sempre se praticou. Mas quem a ele recorria em condições de segurança e dignidade era quem podia pagar o silêncio de uma qualquer clínica ou uma ida ao estrangeiro. Às mulheres que não o podiam (e não podem) fazer, restava o vão de escada.
Por isso também nós, que votámos SIM, não podemos cruzar os braços. A lei vai ser alterada. Mas ainda temos que alterar a realidade. Como acto médico que é, o aborto tem de poder ser feito no Serviço Nacional de Saúde. O aconselhamento não pode retirar à mulher o direito de escolha que o referendo lhe atribuiu (que é como quem diz tem de ser aconselhamento e não imposição). Vamos a isso, ainda há muito a fazer!