quarta-feira, fevereiro 21, 2007
domingo, fevereiro 11, 2007
Finalmente
Com oito anos de atraso, mas desta conseguimos. Não me preocupa particularmente a abstenção: toda a gente podia ir votar; só não foi quem decidiu não o fazer. Em democracia é assim: as decisões são tomadas por quem escolhe decidir. Fico contente por me ter enganado: o SIM ganhou por uma margem suficientemente confortável, ao contrário do que eu temia.
Acredito que demos um pequeno passo na direcção certa. Acredito que nos afastámos um bocadinho mais do obscurantismo. Mas também acredito que isto foi só o começo. O pessoal de sempre, aqueles que estavam nos anos oitenta contra a lei actual (que está quase a deixar de o ser!) e que eram agora os seus maiores defensores, não vão cruzar os braços. Vão tentar por todos os meios que a mulher que decida recorrer ao aborto continue, na prática, a encontrar as mesmas dificuldades. Financeiras, desde logo. Porque, o aborto sempre se praticou. Mas quem a ele recorria em condições de segurança e dignidade era quem podia pagar o silêncio de uma qualquer clínica ou uma ida ao estrangeiro. Às mulheres que não o podiam (e não podem) fazer, restava o vão de escada.
Por isso também nós, que votámos SIM, não podemos cruzar os braços. A lei vai ser alterada. Mas ainda temos que alterar a realidade. Como acto médico que é, o aborto tem de poder ser feito no Serviço Nacional de Saúde. O aconselhamento não pode retirar à mulher o direito de escolha que o referendo lhe atribuiu (que é como quem diz tem de ser aconselhamento e não imposição). Vamos a isso, ainda há muito a fazer!
Acredito que demos um pequeno passo na direcção certa. Acredito que nos afastámos um bocadinho mais do obscurantismo. Mas também acredito que isto foi só o começo. O pessoal de sempre, aqueles que estavam nos anos oitenta contra a lei actual (que está quase a deixar de o ser!) e que eram agora os seus maiores defensores, não vão cruzar os braços. Vão tentar por todos os meios que a mulher que decida recorrer ao aborto continue, na prática, a encontrar as mesmas dificuldades. Financeiras, desde logo. Porque, o aborto sempre se praticou. Mas quem a ele recorria em condições de segurança e dignidade era quem podia pagar o silêncio de uma qualquer clínica ou uma ida ao estrangeiro. Às mulheres que não o podiam (e não podem) fazer, restava o vão de escada.
Por isso também nós, que votámos SIM, não podemos cruzar os braços. A lei vai ser alterada. Mas ainda temos que alterar a realidade. Como acto médico que é, o aborto tem de poder ser feito no Serviço Nacional de Saúde. O aconselhamento não pode retirar à mulher o direito de escolha que o referendo lhe atribuiu (que é como quem diz tem de ser aconselhamento e não imposição). Vamos a isso, ainda há muito a fazer!
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
terça-feira, fevereiro 06, 2007
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